Fuzz Face

Um dos meus pedais favoritos da minha pedaleira é o antológico Fuzz Face. Um negro americano e canhoto um dia tocou com esse pedal. Estamos falando nada mais nada menos de Jimi Hendrix, em 1966 a Arbiter Music de Londres introduz, o Fuzz Face no mercado e logo o pedal caiu nas graças de um dos maiores guitarristas do Universo, casando a versatilidade de Hendrix, Eric Johnson e outros com a saturação de 2 transistores germânios, alguns resistores e capacitores.

Este pedal utiliza transistores germânios peças raras de encontrar, cobiçados por muitos amigos montadores de circuitos. Num artigo publicado na Guitar Player norte-americana, Art Thompson, editor técnico dessa publicação, escreveu que… “Provavelmente, o Fuzz Face foi a melhor uso dado pelo homem à dois transistores, quatro resistores e três capacitores”.

Lançado em 1966 e descontinuado por volta de 1975, é considerado por muitos guitarristas como o melhor pedal de distorção de todos os tempos. Em meados de julho de 2000, a inglesa Arbiter retomou a linha de produção desse histórico pedal segundo sua formula original, com transistores de germanio PNP e a mesma curiosa e engraçada caixinha metálica em forma de “cara sorridente”.

Logo após seu lançamento na Inglaterra, em 1966, a Vox Jennings, que já produzia o pedal Treble Boost, lança uma cópia do Fuzz Face com o nome de Tone Bender.

O pedal Tone Bender conseguiu contornar, através de pequenas modificações, alguns problemas crônicos do circuito Arbiter original. Durante estes 37 anos, o Fuzz Face criou um exército de admiradores, que vai de Jimi Hendrix a Eric Johnson, mas também uma legião de detratores que o consideram um distorcedor que “embola” acordes com notas mais graves e que mantém, independente das posições do controle de intensidade de fuzz e de volume, uma forte aspereza de fundo.