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Sagrada Tetráktis

Postado Segunda-feira, 02 Abril, 2007 as 9:27 AM pelo Ir:.

A figura mais sagrada para os pitagóricos era a tetréktis, símbolo construído com o auxílio de dez pequenas pedras ou esferas, dispostas de tal modo a formarem um triângulo equilátero, no qual está contida, em perfeita hamonia geométrica, a sequência numérica 1... 2... 3... 4.

A soma dessa sequência é igual a dez, ou seja: 1 + 2 + 3 + 4 = 10. Dez é o número perfeito, que contém em si mesmo todos os outros, simbolizando, por isso mesmo, Deus e o Universo.

Segundo Arquias, discípulo de Pitágoras, a tetráktis é o “símbolo dos supremos processos e forças do Cosmo” e “a chave de todas as proporções harmônicas”. Também conhecida como a “pirâmide dos pontos pitagóricos”, sobre ela os iniciados de Krotona prestavam o seu juramento de nada revelar aos profanos, com relação aos Mistérios Sagrados.

Sua simbologia, extremamente complexa, pode ser abordada, tal qual as “mandalas indianas”, sob dezenas de aspectos:

1.Musical – As suas proporções revelam os intervalos das “oitavas musicais”, assim como o “diapente” e o “diatessarom”. Pitágoras, que esudou música e tocava Lira, provavelmente inspirou-se nas proporções das cordas para elaborar a tetráktis.

2.Cabala – As pedras ou esferas da tetráktis assemelham-se, em número e disposição, aos conceitos cabalistas das sephirots da “árvore da vida”.

 

3.Geometria Esotérica – No tetráktis estão ocultos Sete Símbolos sagrados:

3.1. O triângulo, que representa, em todas as religiões, os três aspectos da Divindade; Pai, Filho e Espírito Santo no Cristianismo; Ísis, Osíris e Hórus nos mistérios Egípcios; Bramá, Vishnu e Shiva no Hinduísmo; Sabedoria, Beleza e Força na Maçonaria.

3.2. O quadrado duplo, ou retângulo perfeito, cuja posição (2:1) é áurea e cuja diagonal é V5, um número irracional e transcendental, de grande importência na Arquitetura sagrada (construção de Templos, Igrejas e Lojas Maçônicas).

3.3. O Hexágono (hexa=seis e gono=lado), figura geométrica de 6 lados iguais, da qual origina-se a Estrela de Seis Pontas, também conhecida como Hexagrama ou Estrela do Rei Salomão.

3.4. A Estrela de Seis Pontas, representativa da união dos dois triângulos, o Superior e o inferior, ou o Espírito e a matéria. Essa estrela também apresenta analogia e correspondência com a Pedra Cúbica (símbolo maçônico que é o ideal da perfeição e possui seis lados) e com a Cruz (que nada mais é que o Cubo decomposto em suas seis faces).

3.5. Os nove triângulos menores (3 x 3), que são, entre muitas outras coisas, a saudação maçônica universal e o Tríplice e Fraternal Abraço dos maçons.

3.6. O Triângulo com um ponto central (o Olho que tudo vê), excelsa representação maçônica do Grande Arquiteto do Universo, inspirado no Sol refletindo-se na Grande Pirêmide de Quéops.

3.7. Os três triângulos entrelaçados, ou as Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro.

4. Filosofia – Segundo Pitágoras, nos quatro primeiros números estão encerrados todos os Mistérios da Vida:

a)o número um, representado por um ponto, portanto incomensurável e adimencional, é o início e a origem de tudo (a própria Divindade).

b)o número dois, representado por uma linha reta, é o ponto em movimento, ou, a sua extensão. Representa a dualidade, a polaridade e a soma dos opostos, maçonicamente configurado no “pavimento mosaico”.

c)O número três, representado por uma superfície é a linha em movimento, ou a sua extensão. Representa os três aspectos da Divindade: Vontade, Amor e Inteligência; representa também a tríade maçônica: Força, Beleza e Sabedoria.

d)o número quatro, representado pelo primeiro sólido geométrico (tetraedro, aquele que tem o menor número possível de lados) e que simboliza a superfície manifestando-se no plano tridimensional (altura, largura e quatro elementos: terra, água, ar e fogo).

Esses quatro números possuem interessantes correlações com a tetráktis e também com a filosofia pitagórica, conforme podemos observar na tabela seguinte:

Conta-se que Pitágoras recebeu a Tetráktis em um sonho, diretamente do deus Apolo, no dia em que foi inaugurada a Escola Iniciática de Krotona.

Bibliografia

Livro “Pitágoras: ciência e magia na Antiga Grécia”, edição 2006 – Autor Carlos Brasílio Conte, editora Madras

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