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Arquivos do Mês de Junho 2007

O Grau de Past Master...

Postado Segunda-feira, 25 Junho, 2007 as 7:50 PM pelo Ir:. Christian Farias Santos

Pequena Análise Historica.

Este grau estava originalmente, e ainda está, em conexão com a Maçonaria Simbólica- um grau honorário conferido ao Mestre de uma Loja ( Na Maçonaria Anglo-Americana, este é o termo prevalente, e corresponde ao Venerável Mestre). Uma vez que um Mestre Maçom foi eleito para presidir sua Loja, é necessário que uma Loja de Past Masters ( Mestres Instalados ou Ex-Veneráveis) seja convocada para a cerimônia de Instalação.

Este costume tem prevalecido há vários séculos. A primeira referência escrita se encontra na Constituição de Anderson em sua primeira edição. Lá encontramos referências descrevendo ? a maneira de se constituir uma nova Loja?. O Grão-Mestre após a proclamação do Mestre da Loja, dizia ? algumas outras expressões que são apropriadas e usuais naquela ocasião, mas não apropriadas para serem escritas?.

Nos tempos de Willam Preston ( autor maçônico cujos trabalhos serviram de base a Thomas Smith Webb, ritualista maior do Rito de York), as cerimônias tinham sido alargadas, pelo que ele diz, descrevendo a forma de instalação: ? o novo Mestre da Loja é então conduzido a uma sala adjacente, onde ele é regularmente instalado e juramentado em confiança na forma antiga, na presença de no mínimo três Mestres Instalados?.

É evidente que este grau era originalmente um simples grau de ofício, e conferido apenas a um Mestre de uma Loja eleito. Sendo assim, entendia-se que este Mestre tinha sido selecionado por sua inteligência e habilidade superior, que permitia que ascendesse ao conhecimento contido no grau do Real Arco. Sendo que o grau era conferido exclusivamente pelas Lojas Simbólicas.

Tempos depois os Capítulos foram separados das Lojas Simbólicas e colocados sob uma jurisdição distinta. O que implicava que a exigência de que o candidato fosse um Past Master para poder receber o grau do Real Arco não poderia ser abolida. Esta é a origem da inserção do grau de Past Master na série dos graus capitulares, e algumas amargas controvérsias.

Para ascender ao grau de Maçom do Real Arco, era necessário que se recebesse o grau de Past Master. Iniciou-se então uma série de disputas a respeito dos ?direitos? de Past Masters ?atuais?, ou seja aqueles instalados em uma Loja Simbólica regularmente constituída, e os Past Masters ?virtuais? ( expressão já usada por Mackey naquela época) graduados num Capítulo, simplesmente como uma qualificação para receber o grau do Real Arco. Muitos Past Masters ?Capitulares? passaram a ser reconhecidos como Past Masters ?atuais? por algumas Grandes Lojas enquanto em outras o fato não foi aceito. Poderia haver deferências mas não o reconhecimento do direito de ser reconhecido como tal.

Outro mal que se sucedeu foi a introdução de uma série de cerimônias nos graus Capitulares que eram completamente estranhas em sua concepção original e não utilizadas na instalação do Venerável Mestre de uma Loja. A confusão foi tão grande que em 1856 o Grande Capítulo Geral, por voto unânime ordenou que estas cerimônias fossem banidas e o simples modo de investidura seria usada.

O entendimento geral é que o Past Master de um Capítulo é somente um ?quase? Past Master; o verdadeiro e legítimo Past Master é aquele que tenha presidido uma Loja Simbólica.

A cor simbólica do grau de Past Master é púrpura. O avental é de pele branca de carneiro, com orla púrpura, e deverá ter a jóia do grau nele inscrita. O colar é púrpura orlado de dourado. Mas como as Lojas de Past Masters são mantidas sob um Capítulo do Real Arco os Oficiais usam as insígnias do Capítulo do Real Arco.

A jóia de um Past Master é um compasso dourado, aberto em 60 graus, e apoiado em um quarto de círculo. Entre as pernas estendidas do compasso está um sol radiante.*

Lojas de Past Master são ?dedicadas aos Sagrados São João Batista e São João Evangelista?.

A um candidato que recebe este grau é dito estar ?sentado na cadeira Oriental do Rei Salomão.

*A jóia, na Inglaterra, era formalmente um esquadro, apoiado um arco de noventa graus; no presente momento ela é um esquadro, com uma placa de prata suspensa em seu interior, na qual está gravado o diagrama do quadragésimo sétimo teorema de Euclides.

Bibliografia:

Book of the Chapter ? Albert G. Mackey, 1858. Reedição de Kessinger Publishing.

Duncan´s Ritual of Freemasonry- Malcolm C. Duncan ? David McKay Company

Encyclopaedia of Freemasonry ? Albert G. Mackey

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Observações Diversas...

Postado Segunda-feira, 25 Junho, 2007 as 7:36 PM pelo Ir:. Christian Farias Santos

Elias Ashmole (1617-1692), humanista, interessado em Direito, em heráldica, em astrologia, em arqueologia, mas especificamente em alquimia. Sua maior contribuição cultural foi como historiógrafo da Ordem da Jarreteira. Foi um dos primeiros Maçons Aceitos, sendo aceito em 1646, na Escócia ( Warrington ? Lancashire).

Foi realista tendo apoiado a causa de Carlos I, foi membro da Real Sociedade e fundou o Museu ?Ashmoleano? da Universidade de Oxford.

Quanto aos rituais a ele atribuídos por Ragon ( escritor maçônico francês), publicados em 1646, 1647 e 1649, referentes aos Três Graus Simbólicos temos as seguintes observações: Ashmole deixou farto material escrito em forma de diário onde relata apenas sua iniciação e posteriormente sua elevação na Loja Maçônica como dignos de nota. Sua elevação ocorreu em 1682 no Masons Hall. Ou seja, como ele poderia ter escrito os rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre, nos anos citados, se ainda era Aprendiz??? Mais fantástico ainda é o fato de se registrar o Grau de Mestre Maçom apenas em 1738 ( primeira referência)!!!

Resumindo foi um ser humano fantástico com uma vivência maçônica particular. O que não se pode é atribuir à memória de uma pessoa tão destacada ,incongruências históricas e ?Rituais? que ele nunca escreveu.

Os Protocolos dos Sábios de Sião.

Fraude elaborada pela polícia czarista, mostrando uma suposta conspiração judaica objetivando a conquista do mundo. Idealizado a partir da sátira de Maurice Joly contra Napoleão III, intitulado ?Diálogo no Inferno ou Maquiavel e Montesquieu?, de fins do século XIX. No todo não há referências aos judeus somente a Napoleão III. Os assessores do Czar só substituíram Napoleão III pelos Sábios de Sião.

Após a Revolução Russa, o texto se espalhou pela Europa, onde encontramos supostos discursos e movimentos que versam sobre o papel do socialismo, da Maçonaria, das finanças internacionais, da imprensa e de outros importantes mecanismos a serviço de uma manobra internacional judaica.

No Brasil traduzidos por Gustavo Barroso ( Integralista), serviu de estímulo para uma política anti-semita adotada pelo Estado Novo.

A Maçonaria citada nos textos seria uma instrumento útil para os judeus visando atingir seus objetivos. Explorados por Léo Taxil, serviram ainda para instigar mais a sociedade contra a Maçonaria. Provavelmente a Nobre Instituição foi alvo devido ao seu posicionamento crítico contundente ao anti-semitismo, ao imperialismo e ao nazi-fascismo.

Na Alemanha serviu de apoio ao movimento anti-semita interno, atribuindo aos judeus uma conspiração internacional. Em análise, é uma fraude que serviu aos interesses anti-semitas atribuindo-lhes conspirações que nunca existiram, servindo também aos anti-maçons. O texto é como uma fonte de desejos contra algo, basta se substituir o nome do protagonista e teremos um vilão internacional.

Símbolos no Bastão dos Diáconos no Ritual de Emulação

Embora não haja menção aos mesmos na Constituição da GLUI, nem mesmo nos rituais, as diversas lojas especializadas em suprimentos maçônicos disponibilizam ?Pombas Prateadas com as asas abertas?.

Fontes: Ensaios Maçônicos ? Frederico G. Costa ? Ed. Trolha

Fragmentos da Pedra Bruta ? José Castellani ? Ed. Trolha

Constitution of United Grand Lodge of England

Maçonaria Usos e Costumes Vol. 1, 2, 3 e 4 ? Ed. Trolha

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William F. Cody

Postado Sexta-feira, 22 Junho, 2007 as 8:44 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes

Foi um ícone notável no Velho Oeste, e ficou famoso principalmente por ser um dos criadores dos espetáculos sobre o gênero.

Ele nasceu em 1846, nos Estados Unidos, no estado do Iowa, mas sua família logo se mudou para o Kansas.

Seu verdadeiro nome é Willian Cody. Quando ainda era jovem, uma estrada de ferro começou a ser construída através das planícies do estado.

William F. Cody (Buffalo Bill Cody) Iniciado em Janeiro dia 10 de 1871 na Aug. Resp. Loj. Simb. Platte Valley Lodge. No.32 AF & AM (Maçons Antigos Livres e Aceitos) em North Platte, Nebraska.

O seu Avental em excelentes condições do Ancient Craft ( Rito de York Simbolico).

Então, o jovem, ainda conhecido como Willian Cody, começou a trabalhar como fornecedor de carne para os operários da estrada de ferro. Daí veio sua alcunha, a carne que ele supria era de Búfalos. Era um exímio caçador e em um ano chegou a matar cerca de cinco mil búfalos. Ganhou fama e a alcunha. Com o extermínio dos Búfalos nos anos que se seguiram, ficava cada vez mais difícil achar manadas do animal.

Búfalo Bill, já com grande fama, resolve então investir numa carreira de artista. Em 1883 contratou alguns índios e mais alguns vaqueiros para fazer uma espécie de circo móvel, cuja temática era o Oeste selvagem. Assim, ele passava de cidade em cidade, nas quais as pessoas pagavam para ver o espetáculo, junto com suas demonstrações de habilidades com uma arma. Ganhou fama e dinheiro, as quais foram começaram a ser retratadas sessenta anos depois, com a moda dos filmes de Far West. Passou ao Or. Eterno em 1917.

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Aconteceu...

Postado Domingo, 17 Junho, 2007 as 12:01 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes

Data tradicional de fundação do Grande Oriente Brasiliano ou Brasílico.

Representantes de 5 Lojas do Estado de Maryland resolvem formar uma Grande Loja Independente da GL da Pennsylvania em 1783.

1ªa Sessão do GOB, dirigida por Joaquim Gonçalves Ledo (1ºVig). fundação do GO Brasílico, potencia primaz brasileira, adotando o Rito Francês ou Moderno

José Bonifácio eleito Grão Mestre em 1822.

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Ordens Filosóficas nos Estados Unidos da America

Postado Segunda-feira, 04 Junho, 2007 as 8:48 PM pelo Ir:. Christian Farias Santos

Após a exposição feita sobre os Graus Filosóficos na Inglaterra, País de Gales e Províncias Ultramarinas, abordaremos agora as Corporações Filosóficas dos Estados Unidos da América:

Rito Escocês Antigo e Aceito: bastante conhecido entre nós pois o Supremo Conselho Mãe do Mundo se encontra em seu território. É o único pais do mundo que comporta 02 Supremos Conselhos.

O Supremo Conselho Jurisdição Sul, é o mais antigo, o outro é denominado Supremo Conselho Jurisdição Norte. É composto de 33 graus bem conhecidos dos Maçons brasileiros, pois é o rito mais praticado no Brasil. Nos EUA os graus simbólicos não estão condicionados ao Rito pois as Grandes Lojas praticam rituais próprios em cada jurisdição não caracterizando um rito propriamente dito mas sim o ritual do ?Antigo Ofício?. Sua particularidade reside no fato que o 32º. Grau é considerado praticamente o ápice da jornada maçônica pois o 33º. Grau só é concedido a Irmãos com excepcional contribuição ao Rito, sendo que temos as seguintes graduações que se seguem ao 32º. Grau:

Rito de York: é necessário esclarecer que não há Rito de York nos graus simbólicos, uma vez que o Rito de York congrega corporações filosóficas apenas. É o mesmo caso do R.?. E.?. A.?. A.?., com a mesma justificativa apontada anteriormente com um diferencial. Não houve a criação por nenhum ritualista do Rito de York Simbólico, embora Mackey e Duncan (compiladores do Rito) se refiram ao Rito de York iniciando em seu grau de Aprendiz, isto não o tornou um Rito específico nos Graus Simbólicos.

Seus Graus são:

Capítulo do Real Arco: Mestre de Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco.

Conselho Críptico: Mestre Real, Mestre Seleto e Supre-Excelente Mestre

?Commandery? de Cavaleiros Templários: Ilustre Ordem da Cruz Vermelha, Ordem de Malta e Ordem do Templo.

Temos ainda a Ordem dos Sumo-Sacerdotes Ungidos que não é considerado um grau mas uma honraria, concedida ao Sumo-Sacerdote Eleito do Capítulo.

Graus Maçônicos Aliados: é necessário ser Mestre Maçom, Mestre de Marca e Maçom do Real Arco para pertencer a esta ordem que não concede mas ensina aos candidatos os seguintes graus sob sua jurisdição:

Ordem dos Cavaleiros Sacerdotes do Santo Real Arco: a ordem é dada a Comandantes de ?Commanderies? de Cavaleiros Templários Instalados por relevantes serviços prestados. Controla diversos graus.

Cavaleiros da Cruz de Honra de York: é a maior honra concedida a um Maçom do Rito de York. É concedida por convite ao candidato após o mesmo ter sido aprovado previamente.

Cruz Vermelha de Constantino: é um grau honorário concedido por convite a Maçons do Real Arco que foram selecionados. Os Graus são:

Colégio do Rito de York: corpo que congrega Maçons do Rito de York ativos. Relativo a lenda do Rei Athelstan. Há vários Colégios subordinados ao Soberano Colégio do Rito de York que concede a Cruz Púrpura de Honra apenas a dois membros de cada Colégio.

Ordem Real de Zanzibar: um grau alegre e que se baseia na boa convivência. Congrega Maçons Crípticos.

Antiga Ordem Arábica dos Nobres do Sudário Místico ? congrega Maçons dos Ritos Escocês Antigo e Aceito e de York, que tenham completado sua jornada até o último de um ou ambos os ritos e que tem por objetivo reunir os Irmãos para um momento de relaxamento. Tornou-se uma das mais ativas ordens maçônicas caritativas. Caracterizada pelo uso de um Fez Vermelho.

Buscou-se apresentar um pequeno panorama da Maçonaria Filosófica Norte-Americana, mostrando a pujança tão bem conhecida da Maçonaria daquele país.

BIBLIOGRAFIA

Vested in Glory ? Jim Tresner, 33o., Grand Cross/ Robert H. White, 32o. ? SC - SJ

The History and Symbolism of Royal Arch Masonry ? Edward P. Graham ? 1st. Books

Ritos e Rituais ? Vol. 4 ? Xico Trolha ? Ed. Trolha.

Site da ?The Masonic Order of the Bath in USA?

Site do Grande Conselho da ?Masonic Societas Rosacruciana in Civitatibus Foederatis?

Site da Grande Loja Provincial da Ordem Real da Escócia nos EUA

Site do Rito de York.

Site do Supremo Conselho do REAA, Jurisdição Sul

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Graus Filosoficos na Inglaterra e País de Gales

Postado Segunda-feira, 04 Junho, 2007 as 8:40 PM pelo Ir:. Christian Farias Santos

No presente estudo abordaremos muito resumidamente os diversos Graus Filosóficos praticados na Inglaterra, País de Gales e nas Províncias Ultramarinas dos mesmos.

Na Inglaterra não há uma estruturação dos diversos graus que compõe o Rito de York com subordinação única dividida em Capítulos do Real Arco, Conselhos Crípticos e "Commandery". Pois bem o que temos é o seguinte:

Santo Arco Real - subordinado a um Supremo Grande Capítulo, para ser iniciado deve-se ser Mestre Maçom ( não há graus intermediários).

Maçonaria de Marca- subordinada a uma Grande Loja de Marca, para ser iniciado deve-se ser Mestre Maçom.

Conselho Críptico- subordinado ao Grande Conselho Críptico, para ser iniciado deve-se ser Mestre Maçom da Marca e Maçom do Santo Arco Real. Curiosamente os graus são 4 ( pelo que me informei o Conselho Críptico do Rito de York são 3:Mestre Real, Mestre Seleto e Super-Excelente Mestre) os quais são: Mestre Seleto, Mestre Real,Mui Excelente Mestre e Super-Excelente Mestre.

Cavaleiros Templários e Cavaleiros de Malta: o nome completo é Unificadas Ordens Religiosas, Militares e Maçônicas do Templo e de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta, na Inglaterra, País de Gales e Províncias Ultramarinas. As Ordens são governadas por um Grande Priorado. Para ser iniciado deve-se ser Mestre Maçom. Maçom do Santo Real Arco e professar a fé cristã.

Os graus são Cavaleiro Templário e a) Cavaleiro de São Paulo ou Passe Mediterrâneo e b) Cavaleiro de Malta ( segundo o livro o item a se refere a um "Grau de passagem" a todos aqueles que aspiram À Ordem de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta). Interessante que nos graus de "Commandery" do Rito de York temos:a Ilustre Ordem da Cruz Vermelha, Ordem de Malta e finalmente a Ordem do Templo como último grau.

No Reino Unido temos ainda as seguintes corporações filosóficas:

1-Nautas da Arca Real - pré-requisito é ser Mestre Maçom da Marca. Grau único relativo a providência e misericórdia divina e relata a lenda do Dilúvio.

2-Rito Antigo e Aceito ou "Rose-Croix" - denominação do REAA na Inglaterra por "motivos óbvios" ( rivalidade histórica). Curiosamente os graus do 4 ao 17 são praticados em Capítulo uma vez por ano, o que leva a reunião de muitos Irmãos. Os Graus propriamente ditos adotados pelo Supremo Conselho da Inglaterra são 18, 30, 31, 32 e 33. A entrada é por convite e a condição é ser Mestre Maçom.

3-Cruz Vermelha de Constantino: possui os seguintes graus, 1- Cavaleiro da Cruz Vermelha de Constantino 2-a) Cavaleiro do Santo Sepulcro b) Cavaleiro de são João Evangelista. Condição é ser Maçom do Real Arco. O grau 1 está relacionado ao Imperador Constantino enquanto os demais graus complementares ( são dados juntos) relacionam-se o a) com o descobrimento da Verdadeira Cruz e o b) com as descobertas feitas nas ruínas de Jerusalém a fundação da Ordem de São João. A interpretação das lendas é surpreendente pois tenta explicar a Maçonaria Simbólica e o Real Arco sob um ponto de vista puramente cristão.

4-Ordem dos Graus Maçônicos Associados - congrega sob sua égide vários graus que antigamente eram ordens independentes. A condição é ser Mestre Maçom, Mestre Maçom de Marca e Maçom do Real Arco. Os Graus são os seguintes:

São Lourenço, o Mártir- conectado a lenda do Santo e às reminiscências de uma antiga cerimônia operativa originada em Lancashire que foi projetada para distinguir o verdadeiro artesão do maçom especulativo.

Cavaleiro de Constantinopla- considerado um grau lateral, tenta relaconar Constantino com a fraternidade maçônica.

Grande Cobridor de Salomão- muito parecido com o grau de Mestre Seleto.

Cruz Vermelha da Babilônia- relacionado ao Santo Arco Real e a reconstrução do Segundo Templo por Zorobabel.

Grande Alto Sacerdote- mistura de dois graus da França e da Alemanha, o Grau foi fundado com a benção de Abraão e a consagração de Aarão como Grande Alto Sacerdote ( no meu entender a tradução é a mesma para Grande Sumo Sacerdote).

Cavaleiro de Constantinopla - Ritual de Plymouth: um Conselho de Cavaleiros de Constantinopla foi formado em 1865 em Plymouth primeiramente e em algumas cidades inglesas. Associaram-se ao Grande Conselho da Ordem mas mantiveram o privilégio exclusivo de manter seu avental primitivo e conferir o grau como era anteriormente praticado em Plymouth. Apresenta particularidades exclusivas. Ao contrário do Grau homônimo conferido em outros Conselhos da Ordem, somente Irmãos cristãos são elegíveis para admissão em um "Conselho de Plymouth".

5-Ordem do Monitor Secreto: qualificação é ser Mestre Maçom, congrega os seguintes graus

? Monitor Secreto: trata da notável amizade entre Davi e Jônatas

-Príncipe: perseguição do Rei Saul a Davi.

- Governador Supremo: cerimonial raro e dedicado ao reinado de Davi.

6-Respeitável Sociedade dos Franco-Maçons, Maçons Rústicos, Viajantes, Telhadores, Pavimentadores, Modeladores e Pedreiros. Possui os seguintes graus:

I-Aprendiz Contratado

II-Companheiro

III-Ajustador e Marcador

IV-Colocador e Edificador

V-Intendente, Supervisor, Superintendente e Administrador

VI-Mestre Passado

VII-Mestre Maçom

Profundamente ligado a tradição da Maçonaria Operativa associada a ensinamentos filosóficos particulares. Até o Vo. Grau deverá ser Mestre Maçom, Mestre de Marca e Companheiro do Arco Real. Deverá ser Mestre Instalado na Loja Simbólica e Mestre Instalado da Loja de Marca para avançar até o VIIo.

7-Cavaleiro Sacerdote Templário do Santo Arco Real: grau único concedido por um Tabernáculo, o primaz foi o ? The Royal Kent?, em 1923 houve formação de um Grande Conselho que controla os seguintes graus:

-Mestre de Funeral

-Mestre do Azul ou Cavaleiro de Salomão.

-Mui Excelente Mestre

-Excelente Maçom e Mestre dos Véus

-Mestre Sublime ou Contenda de Jacó

-Cavaleiro de Patmos ou Philippi

-Cavaleiro da Redenção

-Cavaleiro da Cruz Negra

-Marca Fugitivo

-Arquiteto

-Ordem do Cordão Encarnado ou Cavaleiro de Rahab

-Cavaleiro dos Três Reis ou a Balança

-Cavaleiro do Norte

-Cavaleiro do Sul

-Cavaleiro da Cruz Branca

-Cavaleiro da Cruz Branca de Torpichen

-Cavaleiro da Morte ou Elysium

-Cavaleiro da Tumba Santa

-Cavaleiro da Marca Cristã

-Cavaleiro de Bethânia

-Cavaleiro do Azul Real Prussiano

-Cavaleiro de Elêusis

-Cavaleiro da Palestina

-Cavaleiro de São João Batista

-Cavaleiro da Cruz

-Cavaleiro da Cruz Suspensa da Babilônia

-Cavaleiro da Cruz Vermelha de Jerusalém

-Cavaleiro da Cruz Vermelha ou Rosa-Cruz

-Cavaleiro da Tripla Cruz

-Grande Cruz de São João

-Feitos Livres de Harodim

-Cavaleiro Sacerdote Templário do Santo Arco Real

Condição: Mestre Instalado em Loja Simbólica, Maçom do Arco Real e Cavaleiro Templário.

Podemos observar que são mais de 30 graus subordinados, a maioria concedida por comunicação, sendo que o único totalmente praticado é o último. Alusões ao Velho e Novo Testamento a respeito do Cordeiro de Deus.

8- Ordem Real da Escócia: mais antigo sistema maçônico depois das Lojas Simbólicas. A admissão é feita estritamente por convite. Condição mínima é ser há cinco anos Mestre Maçom, não raro são adicionadas outras exigências. Compõe-se dos seguintes graus:

-O Heredom de Kilwinning: associado ao Rei Davi da Escócia

-Cavaleiro da Cruz Rósea: atribuído ao Rei Robert de Bruce, que o instituiu imediatamente após a Batalha de Bannockburn em 1314, para comemorar bravura de um grupo de cavaleiros e maçons que o haviam ajudado a obter a vitória.

9- Rito Escocês Retificado: além dos graus simbólicos, apresenta uma divisão na conferência dos graus:

Loja de Santo André que confere:

IV-a) Mestre Escocês ? tradição da Santa Shekinah nas ruínas do Templo de Salomão

b) Mestre Escocês de Santo André ? lenda da construção do Segundo Templo

Jurisdição do Comandante e Capítulo da Ordem Interna:

V?Noviço Escudeiro ? conversão de magos sábios e iluminados ao Cristianismo

VI?Cavaleiro Beneficente da Santa Cidade (CBSC) ? dogma religioso no Antigo Egito idêntico ao Cristianismo.

Condição: restrita a Hierarquia que controla o Rito, é feito apenas por convite. Muito pouco se conhece sobre a mesma, não se fala muito sobre a mesma nos círculos maçônicos.

10- O Rito de Baldwyn em Bristol: congrega graus filosóficos muito antigos centrados em Bristol, onde se pode recebê-los. Devido ao zelo e persistência dos Maçons que compunham o Rito deixou de ser absorvido pelos Graus Templários e Rito antigo e Aceito após a reativação dos graus filosófico após a morte do Duque de Sussex Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra. Composição do Rito:

I-Maçonaria Simbólica

II-A Suprema Ordem do Santo Real Arco

O CAMPO DE BALDWYN ( As Cinco Ordens Reais de Cavalaria)

III-Cavaleiros dos Nove Mestres Eleitos

IV-A Antiga Ordem de Cavaleiros Escoceses Grandes Arquitetos

V-Cavaleiros do Oriente, da Espada e da Águia

VI-Cavaleiros de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta e Cavaleiros Templários

VII-Cavaleiros Rosa-Cruz do Monte Carmelo

11-Societas Rosicruciana in Anglia: os graus são:

I-Zelador

II-Theoricus

III-Practicus

IV-Philosophus

V-Adeptus Minor

VI-Adeptus Major

VII-Adeptus Exemptus

VIII-Magister

IX-Magus

Condição:Mestres Maçons ativos pertencentes a Lojas Regulares da Grande Loja Unida da Inglaterra ou de Outra Potência Maçônica com a qual ela possua tratados de reconhecimento. O candidato deve ter caráter e abraçar totalmente os princípios do Cristianismo e habilidade suficiente para apreciar os estudos da Sociedade.

12-Ordem de Eri: admite somente membros da Ordem anterior acima do grau V que tenham sido convidados. Seus graus são:

I-Homem Armado: cerimonial envolvendo o armamento do candidato:

II-Escudeiro

III-Cavaleiro

13-Augusta Ordem da Luz: aberta a todo o Mestre Maçom, que deverá apresentar um trabalho que não pode versar sobre política ou Maçonaria.

Os graus são:

I-Primeiro Grau

II-Grau de Passagem

III-Segundo Grau

Enfoca as antigas religiões e mitos antigos para uma compreensão profunda da Maçonaria.

Esta foi uma pequena viagem pelo universo filosófico da Maçonaria da Inglaterra e País de Gales, que nos mostra a imensa riqueza de Ritos e Ordens Filosóficas Maçônicas do berço da Maçonaria Obediencial do mundo. È um verdadeiro prazer descobri tamanha diversidade de ensino e filosofia maçônica, numa época onde observamos que muitos Irmãos referem que não há tempo para se aprofundar na Ordem seja ela Simbólica e Filosófica.

E estas informações que nos chegam através de livros preciosos, são frutos dos esforços dos Irmãos que nunca se cansam de buscar a Verdadeira Luz e mais importante, estender sua mão ao Irmão que lhe segue para que também ele desfrute desta Iluminação.

BIBLIOGRAFIA:

ALÉM DA MAÇONARIA SIMBÓLICA ? KEITH B. JACKSON. ED. MADRAS

SÍMBOLOS MAÇÔNICOS E SUAS ORIGENS ? XICO TROLHA ? ED. TROLHA

RITOS E RITUAIS ? 1,3 E 5 ? XICO TROLHA ? ED. TROLHA

MAÇONARIA USOS E COSTUMES ? 1,2,3 E 4? XICO TROLHA ? ED. TROLHA

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Criptografia - Maçonaria

Postado Sábado, 02 Junho, 2007 as 3:19 PM pelo Ir:. Angelo Andres Maurin Cortes

Introdução

O processo de envio e recebimento de informações sigilosas é uma necessidade antiga, que existe há centenas de anos. Com o surgimento da internet e sua facilidade de entregar informações de maneira precisa e extremamente rápida, a criptografia tornou-se uma ferramenta fundamental para permitir que apenas o emissor e o receptor tenham acesso livre à informação trabalhada. O artigo tem por objetivo dar uma abordagem introdutória à criptografia, mostrando os aspectos e conceitos importantes.

O que é Criptografia

O termo Criptografia surgiu da fusão das palavras gregas "Kryptós" e "gráphein", que significam "oculto" e "escrever", respectivamente. Trata-se de um conjunto de conceitos e técnicas que visa codificar uma informação de forma que somente o emissor e o receptor possam acessá-la, evitando que um intruso consiga interpretá-la. Para isso, uma série de técnicas é usada e muitas outras surgem com o passar do tempo.

Na computação, as técnicas mais conhecidas envolvem o conceito de chaves, as chamadas "chaves criptográficas". Trata-se de um conjunto de bits baseado em um determinado algoritmo capaz de codificar e de decodificar informações. Se o receptor da mensagem usar uma chave incompatível com a chave do emissor, não conseguirá extrair a informação.

Os primeiros métodos criptográficos existentes usavam apenas um algoritmo de codificação. Assim, bastava que o receptor da informação conhecesse esse algoritmo para poder extraí-la. No entanto, se um intruso tiver posse desse algoritmo, também poderá decifrá-la, caso capture os dados criptografados. Há ainda outro problema: imagine que a pessoa A tenha que enviar uma informação criptografada à pessoa B. Esta última terá que conhecer o algoritmo usado. Imagine agora que uma pessoa C também precisa receber uma informação da pessoa A, porém a pessoa C não pode descobrir qual é a informação que a pessoa B recebeu. Se a pessoa C capturar a informação envida à pessoa B, também conseguirá decifrá-la, pois quando a pessoa A enviou sua informação, a pessoa C também teve que conhecer o algoritmo usado. Para a pessoa A evitar esse problema, a única solução é usar um algoritmo diferente para cada receptor.

Com o uso de chaves, um emissor pode usar o mesmo algoritmo (o mesmo método) para vários receptores. Basta que cada um receba uma chave diferente. Além disso, caso um receptor perca ou exponha determinada chave, é possível trocá-la, mantendo-se o mesmo algoritmo.

Muito podem ter ouvido falar de chaves de 64 bits, chave de 128 bits e assim por diante. Esses valores expressam o tamanho de uma determinada chave. Quanto mais bits forem utilizados, mais segura será a criptografia. Explica-se: caso um algoritmo use chaves de 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas na decodificação, pois 2 elevado a 8 é 256. Isso deixa claro que 8 bits é inseguro, pois até uma pessoa é capaz de gerar as 256 combinações (embora demore), imagine então um computador. Porém, se forem usados 128 ou mais bits para chaves (faça 2 elevado a 128 para ver o que acontece), teremos uma quantidade extremamente grande de combinações, deixando a informação criptografada bem mais segura.

Historia

Podemos citar vários exemplos de cifrados utilizados na historia mas neste artigo citarei o modelo Atbash, Albam, Atbah as três cifras hebraicas mais conhecidas e o Pig Pen, ou alfabeto Maçônico.

A Atbash, Albam e Atbah datam de 600-500 a.C. e eram usadas principalmente em textos religiosos - escribas hebreus usaram a cifra Atbash para escrever algumas palavras no Livro de Jeremias.

Estas cifras baseiam-se no sistema de substituição simples mono alfabético. As três são denominadas reversíveis porque na primeira operação obtém-se o texto cifrado e, aplicando-se o mesmo método ao texto cifrado, obtém-se o texto original.

Características

Origem: Usada pelos escribas hebreus em 600-500 a.C.

Classe: Substituição Simples.

Tipo: Mono alfabética (apenas um alfabeto cifrante) Monogrâmica (cada caractere substituído por apenas um outro) ou Substituição Simples.

Características: Reversível, ou seja, uma cifragem dupla devolve a mensagem original

Segurança: Baixíssima

Uso: Apenas em textos muito curtos

Criptoanálise: Uma simples análise da freqüência de ocorrência das letras, baseada na característica estatística da língua, é suficiente para decifrar o texto.

O Alfabeto Hebreu

O diagrama à direita mostra o alfabeto hebreu arcaico. Estima-se que date de 1500 a.C.

Na coluna da esquerda está o nome das letras e, logo abaixo, seu valor numérico. Na mesma caixa, à direita, a forma original da escrita.

Na coluna identificada por Atbash encontra-se a tabela de substituição desta cifra. O mesmo ocorre com as colunas identificadas por Albam e Atbah.

Note que existe uma coluna identificada por "Cryptic Script B". Este alfabeto foi usado para escrever parte dos rolos dos Escritos do Mar Morto e não está completo. Sabe-se que o símbolo para Shin é usado para um dos dois valores desta letra e que um caractere de aplicação especial não é mostrado.

Cifra Pig Pen

Em 1533, Heinrich Cornelius Agrippa von Nettelsheim publica o De occulta philosophia, em Colônia, na Alemanha. No livro 3, capítulo 30, descreve sua cifra de substituição mono alfabética, hoje conhecida como Cifra Pig Pen. A tradução literal do nome da cifra é Porco no Chiqueiro e vem do fato de que cada uma das letras (os porcos) é colocada numa "casa" (o chiqueiro).

Características

Origem: Desenvolvida por Heinrich Cornelius Agrippa von Nettelsheim.

Classe: Substituição simples.

Tipo: Monoalfabética monogrâmica.

Características: Substituição de letras por símbolos. O cifrante, ao invés de ser constituído por letras, é constituído por símbolos especiais.

Segurança: Baixíssima.

Uso: Apenas interesse histórico.

Criptoanálise: Uma análise da freqüência das letras é suficiente para quebrar a cifra.

O cifrante

As letras do alfabeto são dispostas em dois grupos de 9 e dois grupos de 4 letras, separadas por linhas, como mostrado ao lado. De acordo com o diagrama, cada letra do alfabeto é substituída pelas linhas que a envolvem. Desta forma, a letra A é substituída por _|, B por |_|, C por |_ e assim sucessivamente.

No texto original de Aggripa, o cifrante era constituído por símbolos para 18 letras, como visto abaixo:

Cifrante de Agrippa, publicado em 1533

Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (Colônia, 14 de Setembro de 1486 ? Grenoble, 18 de Fevereiro de 1535) foi um mago, escritor de ocultismo, astrólogo e alquimista. Considerado também o primeiro feminista e o mais influente escritor esotérico na renascença. Esteve a serviço de Maximiliano I, e devotou seu tempo principalmente ao estudo das ciências ocultas.

Foi citado por Mary Shelley em Frankenstein, e no conto O Mortal Imortal surge como uma das personagens.

Seus principais trabalhos conhecidos foram:

De incertitudine et vanitate scientiarum (impresso em Colonia 1527), segundo o autor, uma sátira da tristeza do estado da ciência.

Libri tres de occulta philosophia ou Livro três da Filosofia Oculta (impresso em Paris em 1531 e em Colônia em 1533), um livro sobre magia e culto clássico para praticantes dessa arte nestes tempos. Este livro foi censurado por 21 anos pela Inquisição.

Filosofia da Mágica Natural: Trabalhos Completos em Mágica Natural, Magia branca e Magia Negra, 1569, ISBN 1564591603.

Declamação sobre a Nobreza e Proeminência do Sexo Feminino, um livro sobre a igualdade da mulher.

Um livro de Cerimônias Mágicas , tambem foi atribuído a ele.

Áreas da Criptografia

O estudo das formas de esconder o significado de uma mensagem usando técnicas de cifragem tem sido acompanhado pelo estudo das formas de conseguir ler a mensagem quando não se é o destinatário; este campo de estudo é chamado criptoanálise.

Criptologia é o campo que engloba a Criptografia e a Criptoanálise.

As pessoas envolvidas neste trabalho, e na criptografia em geral, são chamados criptógrafos, criptólogos ou criptoanalistas, dependendo de suas funções específicas.

Termos relacionados à criptografia são Esteganografia, Código, Criptoanálise e Criptologia.

A Esteganografia é o estudo das técnicas de ocultação de mensagens, diferentemente da Criptografia que não a oculta, mas a confunde de forma a tornar seu significado ininteligível. A Esteganografia não é considerada parte da Criptologia, apesar de muitas vezes ser estudada em contextos semelhantes e pelos mesmos pesquisadores.

Uma informação não-cifragem que é enviada de uma pessoa (ou organização) para outra é chamada de "texto claro" (plaintext). Cifragem é o processo de conversão de um texto claro para um código cifrado e decifragem o processo contrário.

Diffie e Hellman revolucionaram os sistemas de criptografia existentes até 1976, a partir do desenvolvimento de um sistema de criptografia de chave pública.

Conceito

Chaves simétricas e assimétricas

Existem dois tipos de chaves: simétricas e assimétricas.

Chave simétrica

Sistema de chave simples, onde o emissor e o receptor fazem uso da mesma chave, isto é, uma única chave é usada na codificação e na decodificação da informação. Existem vários algoritmos que usam chaves simétricas, como o DES, o IDEA, e o RC:

DES (Data Encryption Standard): criado e desenvolvido pela IBM em 1977, faz uso de chaves de 56 bits. Isso corresponde a 72 quadrilhões de combinações. É um valor absurdamente alto, mas não para um computador potente. Em 1997, ele foi quebrado por técnicas de "força bruta" (tentativa e erro) em um desafio promovido na internet;

IDEA (International Data Encryption Algorithm): criado em 1991 por James Massey e Xuejia Lai, o IDEA é um algoritmo que faz uso de chaves de 128 bits e que tem uma estrutura semelhante ao DES. Sua implementação em software é mais fácil do que a implementação deste último;

RC (Ron's Code ou Rivest Cipher): criado por Ron Rivest na empresa RSA Data Security, esse algoritmo é muito utilizado em e-mails e faz uso de chaves que vão de 8 a 1024 bits. Possui várias versões: RC2, RC4, RC5 e RC6. Essencialmente, cada versão difere da outra por trabalhar com chaves maiores.

Há ainda outros algoritmos conhecidos, como o AES (Advanced Encryption Standard) - que é baseado no DES - , o 3DES, o Twofish e sua variante Blowfish, entre outros.

O uso de chaves simétricas tem algumas desvantagens, fazendo com que sua utilização não seja adequada em situações onde a informação é muito valiosa. É necessário usar uma grande quantidade de chaves caso muitas pessoas estejam envolvidas. Ainda, há o fato de que tanto o emissor quanto o receptor precisa conhecer a chave usada. A transmissão dessa chave de um para o outro pode não ser tão segura e cair em "mãos erradas".

Chave assimétrica

Conhecida como a "chave pública", a chave assimétrica trabalha com duas chaves: uma denominada privada e outra denominada pública. Nesse método, uma pessoa deve criar uma chave de codificação e enviá-la a quem for mandar informações a ela. Essa é a chave pública. Uma outra chave deve ser criada para a decodificação. Esta - a chave privada - é secreta.

Para entender melhor, imagine o seguinte: O Nupesma criou uma chave pública e a enviou a vários outros IIr. Membros do Nupesma. Quando qualquer destes IIr. Quiser enviar uma informação criptografada ao Nupesma deverá utilizar a chave pública deste. Quando o Nupesma receber a informação, apenas será possível extraí-la com o uso da chave privada, que só o Nupesma tem. Caso o Nupesma queira enviar uma informação criptografada a outro Ir. Ou Instituição Maçônica, por exemplo, Glesp, Gosp, Gop ou Csmb, Comab...etc. deverá conhecer sua chave pública.

Entre os algoritmos que usam chaves assimétricas, têm-se o RSA (o mais conhecido) e o Diffie-Hellman:

RSA (Rivest, Shamir and Adleman): criado em 1977 por Ron Rivest, Adi Shamir e Len Adleman nos laboratórios do MIT (Massachusetts Institute of Technology), é um dos algoritmos de chave assimétricos mais usados. Nesse algoritmo, números primos (número primo é aquele que só pode ser dividido por 1 e por ele mesmo) são utilizados da seguinte forma: dois números primos são multiplicados para se obter um terceiro valor. Porém, descobrir os dois primeiros números a partir do terceiro (ou seja, fazer uma fatoração) é muito trabalhoso. Se dois números primos grandes (realmente grandes) forem usados na multiplicação, será necessário usar muito processamento para descobri-los, tornando essa tarefa quase sempre inviável. Basicamente, a chave privada no RSA são os números multiplicados e a chave pública é o valor obtido;

ElGamal: criado por Taher ElGamal, esse algoritmo faz uso de um problema matemático conhecido por "logaritmo discreto" para se tornar seguro. Sua utilização é freqüente em assinaturas digitais.

Existem ainda outros algoritmos, como o DSA (Digital Signature Algorithm), o Schnorr (praticamente usado apenas em assinaturas digitais) e Diffie-Hellman.

Assinatura Digital

Um recurso conhecido por Assinatura Digital é muito usado com chaves públicas. Trata-se de um meio que permite provar que um determinado documento eletrônico é de procedência verdadeira. O receptor da informação usará a chave pública fornecida pelo emissor para se certificar da origem. Além disso, a chave fica integrada ao documento de forma que qualquer alteração por terceiros imediatamente a invalide.

É importante frisar que assinatura digital não é o mesmo que assinatura digitalizada. Esta última consiste em uma assinatura feita a mão por um indivíduo que depois é capturada por scanner e incluída em documentos.

No Brasil, uma das empresas que fornecem assinatura digital é a CertSign.

PGP

PGP é a sigla para Pretty Good Privacy. Trata-se de um software livre de criptografia criado por Philip Zimmermman em 1991. A intenção de Zimmermman foi a de ajudar na defesa da liberdade individual nos Estados Unidos e no mundo inteiro, uma vez que ele percebeu que o uso do computador seria algo cada vez maior e que o direito à privacidade deveria ser mantido nesse meio. Por ser disponibilizado de forma gratuita, o PGP acabou se tornando uns dos meios de criptografia mais conhecidos, principalmente na troca de e-mails.

No PGP, chaves assimétricas são usadas. Além disso, para reforçar a segurança, o software pode realizar um segundo tipo de criptografia através de um método conhecido como "chave de sessão" que, na verdade, é um tipo de chave simétrica.

Um fato curioso a ser citado é que Zimmermman foi alvo de uma investigação policial que durou quase 3 anos. Isso porque a legislação americana proíbe a exportação de software criptográfico sem expressa autorização do governo. Porém, na investigação, ficou provado que alguém sem identificação e não o próprio Zimmermman é que distribuiu o programa pela internet. O PGP então passou a ser enviado para outros países através de uma brecha na legislação americana: novas versões tiveram seu código-fonte publicado em livros. Estes são exportados de forma legal, pois a lei americana proíbe a exportação do software, mas o código impresso não é considerado programa.

Existem vários softwares baseados no PGP. Para mais informações e downloads (inclusive do código-fonte) visite www.pgp.com.

Conclusões

A Criptografia só pode ser considerada como tal se 4 princípios básicos forem seguidos e oferecidos: confidencialidade, autenticação, integridade da informação e não repudiabilidade (o remetente não pode negar o envio da informação). É por isso que a criptografia é um recurso tão importante na transmissão de informações pela internet e, mesmo assim, não é capaz de garantir 100% de segurança, pois sempre existe alguém que consegue criar um jeito de quebrar uma codificação. Por este motivo é que as técnicas existentes são aperfeiçoadas e outras são criadas, como a "Criptografia Quântica". Na criptografia há ainda outros conceitos envolvidos, como a Função Hashing (usada em assinaturas digitais), e aplicações, como a Certificação Digital.

Para quem deseja trabalhar com computação ou bem segurança da informação a criptografia é uma área interessante.

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